quarta-feira, 2 de junho de 2010

Cana-de-Açucar: Dados CONCRETOS

Os dados mundiais recentes acerca de desenvolvimento sustentado mostram que, em termos de viabilidade econômica, o petróleo não dará conta da demanda energética cada vez mais crescente, fazendo com que alternativas como o etanol de cana-de-açúcar desponte como solução adequada para o problema. Porém como toda solução humana não é perfeita nem acabada.

Dentre os vários problemas criados por essa solução está o óbvio fato de que uma monocultura, qualquer que seja, traz consigo um empobrecimento do meio ambiente. Outro ponto é que o processo produtivo em si, gera uma quantidade tal de resíduos que a natureza, por si própria, não conseguiria absorver. Para este problema em particular, já há os primeiros ensaios que podem amenizar o impacto ambiental da cultura da cana.


Pelo país a fora já são inúmeros os exemplos plantações com tecnologia que reaproveitam o que sobra da produção de combustível e açúcar. A queima do bagaço da cana pode ,por exemplo, tornar-se combustível para gerar energia para as próprias fábricas. O problema final é que mesmo depois desse reaproveitamento há a geração de mais um subproduto: as cinzas.



Visando atender essa questão, uma equipe de pesquisadores da UFSCar estuda a possibilidade de utilizar as cinzas na produção de concreto. O processo consiste na substituição de parte da areia, elemento de extração cada vez mais dispendiosa, pelos restos de cinzas. A princípio, o grupo descobriu que a chamada "areia de cana" devidamente trabalhada pode apresentar características semelhantes à areia normal.



Ensaios de durabilidade ainda estão sendo feitos, porém resultados preliminares já revelam que cerca de 30% a 50% da areia pode ser substituída, variando de acordo com o tipo de estrutura de construção. Um dado positivo mostra que a utilização da cinza elevou a resistência do concreto em mais de 15%”.

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